terça-feira, 23 de março de 2010

História da república brasileira

Introdução
O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.

A República da Espada (1889 a 1894)



Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto.
O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.


A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana)
Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.

República das Oligarquias
O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.

olítica do Café-com-Leite
A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.

Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
Política dos Governadores
Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.

O coronelismo
A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

O Convênio de Taubaté
Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.

A crise da República Velha e o Golpe de 1930
Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.

Galeria dos Presidente da República Velha : Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),
Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).
http://www.suapesquisa.com/republica/

terça-feira, 16 de março de 2010

Estados físicos da matéria



Influência da temperatura
A vaporização, que é a passagem do estado líquido para o gasoso, pode ocorrer de três modos: evaporação, ebulição e calefação.

A evaporação acontece com líquidos a qualquer temperatura. É o caso, por exemplo, da água líquida colocada em um prato que após algum tempo desaparece, ou seja, transforma-se em vapor e mistura-se à atmosfera.

Já a calefação é um processo rápido de vaporização, que ocorre quando há um aumento violento de temperatura. É o que acontece quando colocamos água em pequenas quantidades em uma frigideira bem quente. Ela vaporiza de modo brusco, quase instantâneo.

A ebulição é a vaporização que acontece a uma determinada temperatura.

Se colocarmos água para esquentar, notaremos que quando sua temperatura chega a 100ºC, ela ferve, entrando em ebulição. Isso acontece ao nível do mar, onde a pressão exercida pelo ar (pressão atmosférica) correspnde a uma atmosfera - 1 atm. A essa temperatura damos o nome de ponto (ou temperatura ) de ebulição .
A temperatura em que ocorre a ebulição, acontece também a condensação. Assim, se for resfriado, o vapor d'água começa a transformar-se em água no estado líquido a partir de 100ºC.
Ainda ao nível do mar, se resfriarmos água no estado líquido, notaremos que ela se solidifica a 0ºC. A essa temperatura damos o nome de ponto (ou temperatura ) de solidificação.

O contrário da solidificação, a fusão, também ocorre a essa temperatura, chamada de ponto (ou temperatura ) de fusão.

De modo geral, cada substância apresenta um ponto de fusão (ou de solidificação) e um ponto de ebulição (ou de condensação) específico.
Influência da pressão
Além da temperatura, a pressão também influi na mudança de estado. Note que até agora falamos em ponto de fusão e ponto de ebulição ao nível do mar.

Quanto menor a pressão exercida sobre a superfície de um líquido, mais fácil é a vaporização, pois as moléculas do líquido encontram menor resistência para aandoná-lo e transformar-se em vapor.

Vejamos, por exemplo, o caso da água. Ao nível do mar, a pressão exercida pelo ar é, como já dito anteriormente, de 1 atmosfera. A água ferve então a 100ºC. Já na cidade de São Paulo, por exemplo, que está a uma altitude maior, a pressão atmosférica é menor, e a água ferve a cerda de 98ºC.

O mesmo efeito notamos na fusão. Uma alteração na pressão atmosférica modifica o ponto de fusão das substâncias. Uma diminuição na pressão atmosférica costuma provocar também uma diminuição no ponto de fusão.

Com relação à fusão, no entanto, a água é uma exceção a essa regra. Para essa substância, um aumento na pressão provoca uma diminuição do seu ponto de fusão.

Um caso curioso acontece na Lua. Lá não existe ar e, portanto, a pressão atmosférica é nula. Se levarmos até lá um bloco de gelo e colocarmos ao sol para derreter, observaremos uma sublimação, isto é, a passagem direta do água do estádo sólido para o estado gasoso.
Como se explica esse fato?

Acontece que a ausência de pressão impede que lá exista água no estado líquido. A falta de forças de pressão faria a água ferver, mesmo estando a qualquer temperatura.


Colaboração: Profa. Maria Luiza

África

Quadro natural da Africa

1-Relevo
Predomina no relevo africano os planaltos sedimentares , as planícies margeiam as bordas do continente, em algumas porções aparecem vestígios tectônicos recentes , ligados a processos vulcânicos. O ponto culminante é o monte Kilimanjaro-5895 m de altitude (porção oriental).No Noroesta aparece a cadeia do Atlas e no Sul o Monte Drakensberg.
No lado Oriental aparecem os lagos tectônicos devido as fissura do relevo , com previsões de sepação tectônica dessa Porção do Continente.
2-Clima
Equatorial- aparece na Porção ocidental, junto ao Golfo da Guiné , apresenta- se quente e úmido , com baixa amplitude térmica.

Tropical- é o clima predominante do continente , principalmente pela Porção Central
e uma faixa do lado ocidental. Apresenta o inverno seco e o verão chuvoso.
Desértico- existem dois desertos no continente , o Saara , no Centro - Norte e Kalahari ou deserto da Namíbia no Sudoeste.
Mediterâneo- clima que aparece no extremo Norte e extremo Sul. Apresenta verões quentes e secos e invernos suaves e chuvosos.
3-Vegetação

Floresta Equatorial- aparece na Porção Ocidental , junto ao Golfo da Guiné.
Caractrísticas:
-Densa
-Latifoliada(folhas largas)
-Penefoliada(folhas perenes)
-Higrófila(ambiente muito úmido)
Savana-Predomina no Continente.
Características:
-Formada por arbustos e gramíneas
-Os arbustos são retorcidos ou sinuosos
-As gramíneas servem com pasto
Vegetação Mediterrânea- São arbustos (maquís e garrigues) que aparecem junto ao litoral mediterrâneo.
4-Hidrografia-muitos rios , extensos e volumosos.Destacam - se dois.
Rio Nilo-Principal rio do continente , nasce no Lago Vitória , corre para o Norte.Atravessa o Saara e É considerado a dádiva do Egito , desenboca em Alexandria , em suas margens férteis se pratica agricultura de irrigação e vazante.
Rio Congo- Apresenta o segundo maior volume de água do mundo , depois do Amazonas . Apresenta grande potencial hidroelétrico , pouco aproveitado . Banha a Porção Ocidental do Continente.
outros - Zambeze , Orange.

Quadro humano da África

PEQUENA POPULAÇÃO RELATIVA E DISTRIBUIÇÃO IRREGULAR - Apesar de ser o terceiro continente em extensão territorial, a
África é relativamente pouco povoada. Abriga pouco mais de 600 milhões de habitantes e uma densidade demográfica de 20
habitantes por quilômetro quadrado.

Essa pequena ocupação demográfica encontra explicações nos seguintes fatores:

* grande parte do continente é ocupada por áreas desfavoráveis a concentrações humanas;

* os índices de mortalidade são muitos altos;

* a África é um continente que recebeu poucas correntes migratórias.

A população africana caracteriza-se também pela distribuição irregular. O Vale do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica
de 500 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados.

A quase totalidade dos países africanos exibe características típicas de subdesenvolvimento: elevadas taxas de natalidade e de
mortalidade, bem como expectativa de vida muito baixa. Resulta desses fatores a preponderância de jovens na população, que,
além apresentarem menor produtividade , requisitam grandes investimentos em educação e nível de emprego.

MAIORIA NEGRA E DIVERSOS GRUPOS BRANCOS- A maior parte da população africana constituída por diferentes povos
negros, mas é expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentriorial de continente, ao norte do
Deserto do Saara.

* sudaneses: em sua maior parte habitam as savanas que se estendem do Atlântico ao vale superior do Rio Nilo. Vivem
basicamente do agricultura ;

* bantos: habitam a metade do sul do continente e têm como atividades principais a criação gado e a caça;

* nilóticos: são encontrados na região do Alto do Nilo e caracterizam-se pela estatura elevada;

* pigmeus: de pequena estatura vivem, vivem principalmente na selva do Congo e em seus arredores, onde baseiam sua
subsistência na caça e na coleta de raízes;

* bosquimanos e hotentotes: habitam a região do Deserto de Calaari, distinguem-se como grandes caçadores de antílopes e
avestruzes.

Em correspondência com os três diferentes ramos étinico-culturais, encontram-se na África três regiões principais: o islanismo, que
se manifesta sobretudo na África Branca, mas é também professado por numerosos povos negros; o cristianismo, religião levada
por missionários e professada em pontos esparsos da continente; o animismo, seguindo por toda África Negra.


UM CONTINENTE DE FAMINTOS - Adversidades climáticas somente ampliam a miséria de milhares de africanos, que vivem abaixo
das condições mínimas de sobrevivência.

Com a agricultura extensiva, matas são derrubadas e em seus limites o deserto avança.

Outro problema é o descompasso existente entre o enorme crescimento populacional eo reduzido crescimento populacional e o
reduzido crescimento, ou mesmo estagnação, da agropecuária.


CONFLITOS DE UM CONTINENTE MAL DIVIDIDO - A atual divisão política da África somente se configurou nas décadas de 60 e
70. Durante séculos, o continente foi explorado pelas potências européias - Inglaterra, França, Portugal, Espanha, Bélgica, Itália e
Alemanha -, que o em zonas de influencia adequadas aos seus interesses.Ao conseguirem a independência, os países africanos
tiveram de se moldar às fronteiras legadas pelos colonizadores. Estas, por um lado, separavam de modo artificial grupos humanos
pertences às mesmas tribos, falantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos
costumes, submetia-os, por outro lado, à influencia de valores europeus.
A segregação racial assumiu formas rígidas e violentadas: bairros, meios de transporte, casa de comércios, igrejas etc. eram
reservados para uso dos negros. as leis do aparheid - segregação racial institucionalizada - proibiam que os negros se
candidatassem a cargos políticos, que concorressem com os brancos a um emprego, que freqüentassem quaisquer ambientes que
não lhes fossem expressamente destinados.


Regiões Geográficas

Norte da África – Abrangendo Egito, Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos, a região é fonte de preocupação para a Europa em virtude do
crescente fluxo migratório desses países, em especial para a França e Alemanha. Durante as décadas de expansão econômica de
70 e 80 esse fluxo é bem recebido por facilitar a substituição dos trabalhadores europeus, mais qualificados e mais caros, por
trabalhadores imigrantes nos serviços pesados e insalubres. A recessão do final dos anos 80 e a rápida elevação do desemprego
tecnológico invertem a situação, já que os imigrantes passam a disputar vagas de trabalho com os trabalhadores europeus.
Crescentes medidas restritivas são adotadas pelos países europeus para deter as migrações, agravando os problemas econômicos
e sociais do norte da África.

África Meridional – As mudanças ocorridas na África do Sul e as possibilidades de pacificação de Angola e Moçambique geram
ações unificadas entre os países da região para integrarem seus mercados e enfrentar em melhores condições a competitividade do
mercado internacional.

África do Sul – As eleições multiraciais e multipartidárias de 1994, com a eleição de Nelson Mandela para presidente, abrem um
novo capítulo na história do país, extinguindo totalmente a política do apartheid e estabelecendo direitos de cidadania para a maioria
negra da população. O sistema de governo adotado, no qual todos os partidos com representação no Parlamento também estão
representados no governo, necessita de um período de tempo para comprovar sua viabilidade. As tendências separatistas dos zulus
e dos direitistas brancos permanecem presentes, embora a situação econômica tenha melhorado com o fim do bloqueio econômico
e a retomada do fluxo de investimentos.

Subdesenvolvimento

AS ORIGENS DO SUBBDESENVOLVIMENTO.
Alguns países enriqueceram à custa do empobrecimento de outros; as diferenças econômicas que existem hoje entre os países. As origens do subdesenvolvimento estão no longo período de dominação política e econômica e no tipo de relação estabelecida entre colônias e metrópoles. As novas nações não conseguiram se livrar totalmente da dependência que tinham, somando-se problemas internos. Como: governos ditatoriais, corrupção, conflitos étnicos, etc.

Há muitas formas de medir o subdesenvolvimento, algumas usam características do país, ou seja, são baseadas na realidade interna de cada nação; outras observam o conjunto de fatores, comparando nações procurando mostrar que subdesenvolvimento é uma realidade complementar ao desenvolvimento, já que a riqueza de alguns países provém, em grande parte, da exploração dos países subdesenvolvidos. Exemplos de formas ultrapassadas de medir o subdesenvolvimento: Norte e Sul; Primeiro Mundo, Segundo Mundo e Terceiro Mundo.
Formas de medir o subdesenvolvimento
Na década de 1990 o economista paquistanês Mahbub ul Haq criou o IDH (Índice de desenvolvimento humano), uma das mais eficazes entre as diferentes formas de medir o progresso econômico e bem-estar social de uma nação. Adotado pela ONU, o IDH é calculado pela análise três indicadores:
•Nível de saúde da população, medido pela expectativa de vida;
•Qualidade da educação, medida pelo índice de analfabetismo e pela média de anos de estudo;
•Nível de renda analisado segundo o PIB per capita em PPC, o poder real de compra em dólar.
Cada um desses três indicadores é dada uma nota; somadas elas definem um índice. Quanto mias próximo de 1, melhor a qualidade de vida, e quanto mais próximo de 0, pior.
Características do subdesenvolvimento
As principais características do subdesenvolvimento são:
•Média e alta participação do Setor Primário no PIB e no emprego da PEA;
•Pequena ou apenas existente produção industrial;
•Baixa utilidade do Setor Terciário. Em alguns países há hipertrofia desse setor;
•Carência de investimentos estrangeiros;
•Baixa população urbana. Nos casos em que é elevada, espaço desorganizado, com graves problemas sociais;
•Baixo consumo interno;
•Exportação de recursos minerais-energéticos e produtos agrícolas. Em alguns há exportação por bens industriais;
•Importação de bens de consumo e tecnologia;
•Presença de filiais de transnacionais e bancos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Robôs

Jörg Blech
Os robôs guerreiros já entraram em ação no Iraque, e o exército dos Estados Unidos planeja substituir um terço de seus veículos blindados e armas por robôs, até 2015. Essas máquinas de matar podem um dia vir equipadas de consciência artificial - o que poderia até dotá-las da capacidade necessária a desobedecer ordens imorais.
Os mais recentes recrutas do exército norte-americano têm um metro de altura, ostentam camuflagem em tons de deserto e vêm equipados com metralhadoras M240. Movimentam-se sobre lagartas e - graças a cinco câmeras - podem ver até mesmo no escuro.
Esses combatentes que não conhecem o medo foram colocados em ação no Iraque, na metade de junho, sem que o grande público dedicasse muita atenção à novidade. Trata-se de três soldados robotizados cuja tarefa é perseguir insurgentes. Como se orientados por uma mão invisível, eles avançam na direção de seus alvos e disparam suas metralhadoras contra eles. Trata-se do futuro da guerra - e já está presente.
"Estamos falando do primeiro robô equipado com armas na história na guerra", diz Charles Dean, engenheiro da Foster-Miller, a empresa que fabrica os novos aparelhos, em Waltham, Massachusetts. Dean e os demais 70 funcionários de seu departamento estão ansiosos por saber como suas três criaturas estão se saindo na frente de batalha. Porque os três robôs, apelidados Swords (espadas), foram destacados para uma missão secreta, os criadores das máquinas não sabem se foram usados para matar combatentes inimigos no campo de batalha.
Ao que parece, é apenas questão de tempo antes que os três robôs de combate recebam reforços. As forças armadas norte-americanas estão no momento testando o Gladiator, um veículo de combate não tripulado desenvolvido pelos engenheiros do Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, Pensilvânia. O Gladiator pesa mais de uma tonelada e está equipado de pneus de borracha que permitem que galgue encostas com até 60 graus de inclinação. As forças armadas norte-americanas já estão instalando câmeras de mira e uma metralhadora M240 no protótipo.
"Já fizemos muitos disparos com a metralhadora", disse o coronel Terry Griffin, comandante do programa conjunto de robôs de combate do exército e do corpo de fuzileiros navais norte-americanos. Caso os novos testes confirmem o sucesso, uma versão de quatro rodas do Gladiator pode ser enviada ao Iraque no ano que vem - presumindo que ainda existam soldados norte-americanos no país.
De acordo com Griffin, o robô de combate tem a capacidade de dispersar grupos de indesejáveis. Há três estágios diferentes de uso possível de força: primeiro, a máquina faz um aviso por meio de alto-falantes; em seguida, dispara balas de borracha; por fim, começa a usar a metralhadora.
Mais de 50 anos depois que o escritor Isaac Asimov argumentou, em seu clássico romance de ficção científica Eu, Robô, que jamais deveria ser permitido que um robô ferisse seres humanos, o desenvolvimento de máquinas de matar se tornou inevitável. O Swords e o Gladiator servem como arautos de uma nova forma de guerra, na qual a tarefa de matar será cada vez mais atribuída a máquinas.
O exército dos Estados Unidos está desenvolvendo diversos modelos de robôs de combate. De acordo com um memorando interno do exército, "máquinas armadas estão encontrando lugar no campo de batalha moderno e serão presença generalizada nos campos de batalha futuros". O orçamento do Pentágono já inclui até US$ 200 bilhões para o desenvolvimento de um programa de modernização conhecido como "Sistema de Combate Futuro", sob o qual robôs substituirão um terço dos veículos blindados e das armas do exército norte-americano até 2015.
As formas automatizadas de guerra também estão exercendo influência em Israel, cujas forças armadas empregam robôs na fronteira de 60 quilômetros de extensão entre o país e a Faixa de Gaza. O sistema See-Shoot desenvolvido pela Rafael, uma fábrica de armas israelense, é estacionário e envolve metralhadoras e câmeras, com alcance de até 1,5 mil metros.
Do ponto de vista militar, existem muitos motivos para promover o uso crescente dos soldados de aço. Para começar, eles não sentem medo ou fadiga. Os robôs matam sem hesitar e, diferentemente dos soldados humanos, sua perda é apenas financeira. Um novo Swords custa cerca de US$ 150 mil. Além disso, os políticos e os generais não precisariam mais se preocupar com protestos públicos em caso de baixas excessivas. Quem lamentará um soldado metálico destruído?
No entanto, o controle desses soldados mecânicos cabe estritamente a operadores humanos. Vai demorar algum tempo para que os matadores de forma humanóide retratados em filme como Robocop e O Exterminador do Futuro estejam disponíveis para atacar seres humanos. "Mas não existem barreiras científicas ao desenvolvimento de robôs de combate autônomos", diz Ronald Arkin, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta. "As partes desse todo estão sendo desenvolvidas nesse exato momento".
Em seu escritório no instituto, Arkin, um homem grisalho e de aparência simpática, investiga maneiras de impedir que os cenários sombrios propostos nos filmes de ficção científica se tornem realidade. No momento, ele vem realizando uma pesquisa via Internet para determinar como oficiais das forças armadas, políticos, pesquisadores de robótica e pessoas comuns se sentem sobre máquinas autônomas dotadas da capacidade de matar.
Quais seriam as regras éticas que elas seguiriam quando enviadas à guerra, por exemplo? Para ajudar a enfrentar essa questão, Arkin está desenvolvendo um software que poderia ser usado para programar essas regras na memória das máquinas, de forma a dotar os soldados de aço de uma forma de "consciência".
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1837645-EI8328,00.html

Não é só com os garotos do PirateBay que a Justiça da Suécia está preocupada. Esta semana, veio à tona o processo de um operário sueco contra uma pedreira de seu país. O homem foi atacado por um robô.
O acidente aconteceu em junho de 2007, na cidade de Balsta, norte do país. No local, robôs operam máquinas que transportam e cortam pedras. Quando um dos robôs apresentou defeito e passou a operar incorretamente, os gerentes da fábrica desligaram o robô chamaram um técnico ao local.
O técnico, então religou o robô e tentou identificar a falha. Mas foi agarrado pelo robô, que o atirou longe. O homem teve três costelas quebradas com o impacto do golpe do robô e, assustado, deixou sua função.
O caso tornou-se público porque operário e pedreira entraram em acordo esta semana e a Justiça de Estocolmo divulgou o imbróglio. O trabalhador será indenizado em US$ 3 mil pelo acidente e a fábrica se comprometerá a melhorar a condições de uso de robôs, evitando que eles ataquem humanos.
http://info.abril.com.br/noticias/ti/robo-tenta-matar-operario-na-suecia-29042009-34.shl

Robôs na medicina
O impensável já está acontecendo: robôs mecânicos de alta precisão, aliados aos recursos da video-endoscopia e à realidade virtual, estão começando a auxiliar cirurgiões de todo o mundo a realizar proezas como cirurgias de revascularização do miocárdio, de reparo de válvulas cardíacas e neurocirurgias estereotáxicas. Mais espantoso ainda, em alguns projetos já divulgados o cirurgião estava a milhares de quilômetros do paciente, acionando os manipuladores da cirurgia endoscópica e visualizando o campo operatório através de um computador ligado a um sistema de telecomunicação por satélite.

Em maio do ano passado, por exemplo, cirurgiões cardíacos do Centro de Cardiologia de Leipzig, Alemanha utilizaram pela primeira vez braços robóticos para realizar uma cirurgia de pontes de safena. O sistema, chamado Intuitive, é desenvolvido e comercializado por uma empresa americana, que já vendeu dezenas deles para centros médicos de todo o mundo. O sistema utiliza três braços robóticos para a cirurgia, que são inseridos na cavidade torácica através de incisões de menos de um centímetro. Um braço opera uma microcâmara de vídeo, e os dois outros carregam os instrumentos cirúrgicos. O cirurgião comanda os braços robóticos através de manipuladores semelhantes aos de um endoscópio, e os braços robóticos reproduzem seus movimentos dentro do corpo do paciente.

Vantagens e Aplicações
A impressão que isso tudo não passa de um excesso de fascinação com alta tecnologia, entretanto, é desmentida por uma série de nítidas vantagens dos braços e mãos robóticas nas aplicações cirúrgicas. Eis aqui algumas delas:

Os robôs podem trabalhar através de aberturas cirúrgicas muito menores do que a mão humana necessita;

Os robôs não tem fadiga ou tremor, e podem manipular instrumentos cirúrgicos muito menores e mais delicados, com maior precisão;

Os robôs podem ser guiados por equipamentos de imagens médicas não invasivas, como tomógrafos e ultrassonógrafos, permitindo a navegação e a localização espacial em alvos cirúrgicos complexos e inacessiveis (dentro do cérebro, por exemplo), com precisão inferior a um milímetro.

Os robôs podem efetuar tarefas que causam riscos ao cirurgião, como pacientes infectados, colocação de sementes radiativas, etc.

Os robôs podem ser controlados à qualquer distância. De fato, as primeiras aplicações da robótica cirúrgica foram desenvolvidas pela NASA, com o objetivo de operar à distância um astronauta que esteja a caminho de Marte, por exemplo. O sistema funciona adequadamente para microcirurgia ocular, cirurgia da mão e neurocirurgia e tem dois telemanipuladores.

"Para o paciente, o benefício é óbvio," diz o médico francês Dr. Alain Carpentier, que foi um dos primeiros cirurgiões a usar robôs no reparo de válvulas cardíacas. "Pequenas incisões significam menos dor, menos sangramento, menor trauma cirúrgico e recuperação mais rápida."